Segundo a teoria de Max Weber galera, "O Estado é aquele que detém o MONOPÓLIO LEGÍTIMO DA FORÇA", ou seja, o Estado é o único que possui o poder legítimo de pegar em armas.
CONFIRAM:
CONFIRAM:
Existe uma série de CATEGORIAS
que cada um de nós utiliza para nos situarmos em relação à REALIDADE A NOSSA
VOLTA. Idade, etnia, gênero, orientação sexual, classe social e nacionalidade
são alguns exemplos desses marcadores que DEFINE quem somos - para nós mesmos e
também para os outros. Identificamo-nos como brasileiros, argentinos, ou
paraguaios, a partir de nosso país de origem. Logo que nascemos, ganhamos uma NACIONALIDADE
que acompanhará toda nossa HISTÓRIA, vinculando a nossa existência a um país e
conferindo-nos uma série de restrições, deveres e SENTIDOS. É difícil
concebermos um mundo em que o ESTADO nacional não seja CENTRAL na formação de
nossa identidade e na ORGANIZAÇÃO DA VIDA SOCIAL. Entretanto, o Estado como o
conhecemos hoje NEM SEMPRE EXISTIU e, tampouco tem sua permanência garantida no
FUTURO DAS SOCIEDADES. “No que diz respeito às criações humanas nada é
permanente. Sobretudo quando não estamos falando de coisas físicas, ou seja,
quando nos referimos às instituições sociais – como o capitalismo, a escravidão
ou o Estado”, nos explica o professor do Departamento de História da USP,
Modesto Florenzano.
Vamos à DEFINIÇÃO weberiana
de ESTADO.
Esta definição é talvez uma
das mais famosas na Sociologia. No artigo POLÍTICA COMO VOCAÇÃO, Weber afirma
que o Estado é “uma relação de homens que dominam seus iguais, mantida pela
violência legítima (isto é, considerada legítima)”. Assim, na concepção de
Weber, o Estado é um APARATO ADMINISTRATIVO e POLÍTICO que detém o MONOPÓLIO da
VIOLÊNCIA LEGÍTIMA dentro de um DETERMINADO TERRITÓRIO, a partir da CRENÇA dos
indivíduos em sua legitimidade.
Dois
pontos são fundamentais para Weber.
1º: o monopólio estatal da
violência legítima não significa que apenas o Estado fará uso da força, pois
indivíduos e organizações civis poderão, eventualmente, fazer uso da violência
física.
ENTRETANTO, APENAS O ESTADO
É AUTORIZADO PELA SOCIEDADE PARA USÁ-LA COM LEGITIMIDADE. Sendo assim,
organizações como ou o crime organizado no Brasil - o PCC – pode ser um exemplo
de grupos que fazem uso da força sem, todavia, terem o apoio do restante da
sociedade para fazê-lo. Já, os grupos separatistas que fazem uso da violência
para organizar revoluções de cunho político podem, eventualmente, colocar a
legitimidade estatal em questão se obtiverem o apoio da maior parte da
população. Se recordem dos de seus estudos sobre os movimentos de guerrilha no
período da ditadura militar no Brasil.
2º - Essa AUTORIZAÇÃO SOCIAL do uso da força ocorre porque os DOMINADOS
aceitam obedecer a seus DOMINANTES. Esta aceitação, por sua vez, tem três
possíveis justificativas.
a)
Pode ocorrer devido a uma “autoridade do passado eterno, ou
seja, uma TRADIÇÃO dos costumes consagrados por meio de validade imemorial” –
este é o TIPO de dominação chamada de TRADICIONAL;
b)
Outra possibilidade é que
ocorra devido ao CARISMA de
um líder – este é o TIPO de dominação CARISMÁTICA;
c)
Por fim, como conhecemos nos Estados modernos, a dominação
ocorre através da LEGALIDADE, ou seja, é “fundada na crença da validade legal e
da competência funcional baseada em normas racionalmente definidas” (DOMINAÇÃO
LEGAL).
“O Estado é anterior à nação, pelo menos ao que diz respeito ao
Ocidente europeu, no qual foi a existência prévia do Estado que criou a nação
ideologicamente. Podemos pensar em nação como uma ideologia ou como um
sentimento. Nesse sentido, o Estado é um arranjo político que contribui
fortemente para essa ideologia” Modesto Florenzano , professor do Departamento de História
da USP
Apesar
das particularidades, NESTES TRÊS CASOS a DOMINAÇÃO fundamenta-se EXCLUSIVAMENTE
na crença da MAIOR PARTE DAS PESSOAS que consideram LEGÍTIMO o poder daqueles
que os GOVERNAM (dominam).
Vejam que essa definição
implica que um Estado NÃO MAIS SE MANTERIA se, do dia para a noite, a PARCELA
MAJORITÁRIA das pessoas que sustentam a sua existência DEIXASSEM DE ACREDITAR
na VALIDADE DO SISTEMA que a governa e, como consequência, passasse a fazer uso
da força e a acreditar que pode fazê-lo legitimamente.
SENDO ASSIM, a INSTITUIÇÃO
estatal somente se SUSTENTA (é legitimada) com a ACEITAÇÃO e com o apoio dos DOMINADOS.
NOTA: Weber, de certa
maneira, se amparara em um elemento psicológico para justificar a dominação
estatal. Por causa disso, o Estado tem que se apresentar permanentemente aos
cidadãos como legítimo, para manter a crença em sua validade.
No
caso do ESTADO BUROCRÁTICO, sustentado pela dominação legal, estabeleceu-se uma
série de normas e limites para a legitimidade do uso estatal da violência.
Dessa forma, a força física só poderá ser usada dentro de determinados PRECEITOS,
sob o risco de que o Estado PERCA sua legitimidade se desafiá-los.
Veja o video:
Violência em São Paulo - De quem é a culpa?
Violência em São Paulo - De quem é a culpa?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPortanto, um governo soberano reconhecido interna externamente, deve fazer o uso da força e da coerçao, pois deve manter e deter o monopólio desta. Entretanto, sob certos preceitos fundamentais, conforme o autor, a fim de alcançar determinado objetivo, o bem comum. Parabéns, ótima reflexão.
ResponderExcluirMuito interessante
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